O Dia do Professor

crédito foto: Divulgação

Por Silvia Helena dos Santos, Profª de Educação Básica

Uma data que também poderia ser chamada de O Dia da Professora, considerando que as mulheres são a maioria na docência, num total de 79,2%, apenas na Educação Básica. E ainda, foi uma data criada por Antonieta de Barros, mulher negra, feminista, professora, eleita em 1934 a primeira Deputada Estadual negra, por Santa Catarina, apenas 46 anos após a abolição da escravatura. Fato este que reforça a capacidade intelectual, a força e articulação dessa mulher.

Antonieta defendia a educação para todos, tinha ações voltadas para a alfabetização de adultos, foi cronista de um jornal por mais de 20 anos, onde escreveu centenas de artigos, falando de educação e política.

A Constituição de Santa Catarina teve um capítulo sobre Educação e Cultura e Funcionalismo, escrito por Antonieta de Barros. Uma mulher progressista e visionária que em 1948, apresentou o Projeto de Lei n°145, que instituiu o Dia do Professor em Santa Catarina e 20 anos depois essa data se tornou nacional.

Se Antonieta fosse uma liderança política dos tempos atuais, certamente iria lutar pela classe docente, especialmente profissionais da Educação Básica, sendo atualmente uma classe desvalorizada economicamente e moralmente, cuja tendência das famílias dos discentes é defender os seus, em detrimento de um professor desmoralizado, que já dizia Julio Groppa, lá em 2010, “encontra-se no Fogo Cruzado da Educação Contemporânea”.

Antonieta também veria que os professores enfrentam falta de empatia do próprio sistema educacional, lembrando que recentemente tivemos um caso de uma professora que enfartou dentro da escola, após cobranças de metas a serem atingidas. E outras centenas de educadores, afundados em tarefas burocráticas, apresentam doenças já classificadas como típicas da profissão, como Sindrome de Burnout, Estresse, Depressão, Dores nas costas e Disturbios vocais.

 Enfim, parafraseando Antonieta de Barros, “Educar é ensinar os outros a viver; é iluminar caminhos alheios; é amparar debilitados, transformando-os em fortes”, então mesmo mediante tantas de tantas dificuldades enfrentadas no ofício de educador, os mesmos seguem, cada um com sua ideologia, necessidades ou  verdades, das quais vale a pena o caminhar.

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