YONE ZERO, leitora e uma autora que recentemente contribuiu com uma poesia cativante intitulada “Peregrina” para O Popular de Leme. Seu dom para a escrita poética começou quando era jovem, quando recebeu incentivos valiosos de seus professores. Desde então, ela seguiu seu sonho de fazer letras e desenvolveu um estilo poético único e metafórico.
“Eu, não seria bom o bastante poetizando uma flor, o que me inspira é o invisível, são as dores da fome, as injustiças sociais, as lutas armadas aplacadas em nome da guerra santa, as pessoas rotuladas preconceituosamente”, comenta Yone.
Peregrina
Criatura desatinada
Corre risco insensato
Moleca faceira
De sorriso inocente
Acorda do sonho
Sonho dá corda
Vem o tempo
Brinca menina de fazer
Rendas para seu casamento
Tece amor, tece paixão…
Flor de laranjeira
Beija-flor seu néctar a sugar
Asas do éden de novo do
Fruto proibido degustar
Como vento em devaneio
Deixa marcas de alegria, de carinho!
Será Menina?
Que do sopro nas narinas
A brisa acalmar
Um elo feito
Com um beijo selado está
Já insinuante mulher fundida
Dissolvido o sonho
Servirá seu destino
Com um banquete
Melaço remediar
Desfeito o coração
Cuidadoso os cacos a colar.
Uma resposta
Fico feliz e satisfeita, em poder contribuir com o jornal “O Popular de Leme” com um dos meus escritos (poema), o texto “Peregrina”, foi um divisor de águas dentro da literatura poética para mim, apesar da escrita simples, porém foi através dessa poesia que fui nomeada ao título de poeta e escritora em 2004 na cidade de Pirassununga, abrindo as portas para outros textos e temas levando ao conhecimento da publicação do poema “Vidas Reversas” na cidade de Berlim na Alemanha.
Não existem expressões desconhecidas quando “o limite da arte é a fronteira da alma”.
Gratidão.