Por Carlos Eduardo Spadin*
SEGUNDO ÚLTIMO CENSO DO IBGE , ENTRE 200 E 500 LEMENSES SOFREM DA DOENÇA DO MAL SÚBITO. A Sociedade Brasileira de Cardiologia lançou a primeira diretriz brasileira para diagnosticar e tratar pacientes com cardiomiopatia hipertrófica, segundo o jornal O Estado de São Paulo.
Trata-se de uma doença na qual o músculo cardíaco sofre alterações ao longo do tempo, fazendo com que suas contrações e relaxamentos (movimento de bombeamento do sangue para o corpo) funcionem de maneira irregular. Esses movimentos irregulares podem provocar sintomas de insuficiência cardíaca. E o ritmo anormal dos batimentos pode levar à morte súbita. Como a que matou, em 2022, o empresário e atleta João Paulo Diniz, então com 58 anos. A cardiomiopatia hipertrófica é a principal causa de morte súbita no mundo.
Estima-se que no Brasil, cerca de 500 mil pessoas sofram dessa doença. Mas, o número pode ser ainda maior. É que a doença é subdiagnosticada por aqui. E isso por dois motivos. O primeiro, é que não havia dados específicos para diagnóstico e tratamento. O segundo motivo é que, na maioria dos casos, (cerca de 90%, segundo o Estadão) não há sintomas. Como a doença pode ser facilmente diagnosticada com base em exames clínicos e eletrocardiograma, a diretriz procura resolver essas duas dificuldades ao estabelecer um protocolo de diagnóstico e tratamento para a doença.
De acordo com o cardiologista Marcelo Vieira, na reportagem do Estadão, a cardiomiopatia hipertrófica atinge em torno de uma em 200 ou uma em 500 pessoas.
Considerando que o município de Leme possui 98.161 habitantes, conforme o Censo de 2022, é possível dizer que entre 200 e 500 lemenses sofrem da doença do mal súbito. Como o melhor remédio é a prevenção, vale a pena agendar uma visita ao cardiologista.
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